Conversas com um amigo

O Nuno Gualter é um daqueles treinadores que cativa os seus jogadores e de quem sabem poder confiar. Frontal, directo e emotivo consegue ter um percurso vencedor e após um regresso aos Académico premiado com um título saboroso, parte para novo projecto desta vez no Viseu Benfica.
Amigo espero que tudo corra pelo melhor e que tenhas sucesso. Os lutadores como tu merecem!

Em poucas palavras, como pudemos definir o Nuno Gualter como treinador e pessoa?
Como treinado sou exigente, mas também muito amigo dos jogadores, quero que eles vejam em mim um amigo em quem podem confiar. Como pessoa, prefiro que sejam os outros a opinar, mas posso assegurar que tenho defeitos e qualidades como qualquer um.

O que mais gosta de fazer nos tempos livres?
Nos tempos livres gosto muito de ler, ir ao cinema, ver televisão mas sobretudo estar com a família e com os amigos.

Se lhe dessem o dom de mudar algo o que farias?
Embora seja algo já muitas vezes dito, acabaria com a fome, com as guerras e com a injustiça.

Tv ou cinema?
Definitivamente Cinema, adoro uma boa sessão de cinema.

Que sonho gostava de concretizar?
Sonho um dia treinar o Sporting Clube de Portugal e conseguir ter uma vida feliz, juntamente com os que me rodeiam.

O que para ti é mesmo difícil de resistir?
Não resisto a uma noite bem passada com os meus amigos ou a um qualquer jogo do Sporting.

Um ídolo?
O meu pai. Por tudo aquilo que ele representa para mim. É um exemplo que me esforço por seguir.

Depois do particular o profissional
Qual o percurso feito pelo Nuno Gualter a nível de jogador e treinador?
Como jogador apenas representei o Sport Viseu Benfica. Já como treinador comecei a minha carreira com o meu grande amigo Rui Manuel no Tondela, depois uma primeira passagem pelo CAF com o mister Eduardito que também acompanhei no Campia. Depois tive o privilegio de iniciar o projecto da escola de formação no Lusitano de Vildemoinhos com o José Pipo, de seguida regressei ao CAF levando a equipa de juniores á 2º fase do campeonato Nacional, continuei no Repesenses, onde passei seis anos maravilhosos repletos de sucessos desportivos. Antes do último regresso ao Académico uma passagem pelos Juniores do Tondela, onde deixei também grandes amigos.

Como foi a passagem de jogador para treinador? Quais as diferenças mais notórias?
No meu caso foi fácil. Já que optando pelo prosseguimento da carreira académica até ao ensino superior cedo deixei de jogar futebol.

Como foi o convite para treinar as camadas jovens academistas?
Foi feito pelo José Pipo, a quem uma vez mais agradeço. Convite que aliás aceitei prontamente com muito orgulho.

Como foi este campeonato?
Muito complicado. Mas com muito esforço, dedicação, sacrifício e uma enorme vontade de triunfar conseguimos colocar o Académico onde merece estar, que é nos campeonatos Nacionais.

Qual foi a sensação no final do campeonato nos últimos minutos ganhar um Campeonato pelo qual lutaram com todas as forças?
Uma felicidade enorme. Foi um dos dias mais felizes da minha vida. Não há nada melhor que o sentimento de dever cumprido. Depois daqueles momentos de grande sofrimento e ansiedade arrisco-me a dizer que assim soube melhor.

Que sentimentos passaram na sua cabeça neste último jogo?
Inicialmente confesso que senti muito nervosismo com a possibilidade de morrer na praia. Mas também, uma enorme confiança na capacidade dos jogadores e no trabalho realizado pela equipa técnica.

Qual o maior segredo para se obter o título?
Principalmente o trabalho realizado toda a época, o fantástico clima de amizade e de camaradagem que se viveu naquele balneário, não esquecendo nunca todo o apoio dos pais dos atletas e da direcção.

E agora que futuro, para o Nuno Gualter, se puder avançar é claro com novidades?
Já do conhecimento de todos que o meu futuro passa pelo Sport Viseu e Benfica. Tive a oportunidade de abraçar um projecto meu, e como era meu objectivo voltar a ser treinador principal decidi aproveitar esta oportunidade que me surgiu. Mas para isto fosse possível, foi muito importante este ano onde aprendi muita coisa, com um grande senhor do Futebol, o José Pipo.

Uma palavra para os sócios, adeptos, direcção do Académico?
Para os sócios e adeptos desejo que seja um ano de sucessos, que apoiem incondicionalmente as equipas do Académico. Para a direcção fica um voto de confiança no trabalho realizado.

E já agora para todos os leitores do blog e para o blog.
Para os leitores espero que continuem a visitar o blogue, que é o fruto do trabalho de um grande Academista e meu Amigo, o grande Jorjão, para ti também um grande abraço.

Muito obrigado pela enorme disponibilidade para a realização da entrevista e obrigado por tudo e boa sorte para o futuro!