22 agosto 2010

Mecanismos ditam goleada forasteira


Académico Viseu - Padroense 0:5
Golos Padroense: Francisco (12 min), Ivo (40 e 71 min), Pedro Santos (55 min), Vitor André (73 min).

Académico Viseu: Renato, Rui Loureiro, Bruno, Diogo, Paulo Renato, João André (Eric, intervalo), Márcio (Alex, 67 min), Mauro, Luís Silva, Guilherme (Rui Pipo, 61 min) e Tiago Almeida.
Suplentes não utilizados: Pedro Martins, Fábio, Flávio e Frederico.
Treinador: Paulo Chaves.
Padroense: José Carlos, João Oliveira, André Ribeiro, Marcelo, Eduardo Santos, Vitor André, Ivo, Frederico, Pedro Santos (Rui Sérgio, 68 min), Belinha (João Santos, 58 min), Nuno Santos (Caminata, 53 min).
Suplentes não utilizados: Xavier, Zé Pedro, Diogo Cardoso e Hélder Cardoso.
Cartões amarelos:
Padroense: Pedro Santos.
Árbitro: Nuno Roque, Auxiliares: Paulo Mendes, Celso Pereira (A.F. Coimbra).

Este era um jogo que marcava o início das hostilidades de ambas as equipas na série B do Campeonato Nacional de Juvenis. Se de um lado estava o Académico de Viseu, uma equipa vinda dos distritais viseenses, do outro estava o Padroense uma equipa mais rotinada a este escalão e desta forma com outros mecanismos que se revelaram primordiais para a sua vitória.
Se o Padroense teve uma melhor entrada na partida, coube aos academistas a primeira grande ocasião de perigo quando Luis Silva aparece isolado perante João Carlos mas após uma luta a três não consegue o remate fatal. A resposta forasteira dava-se ao minuto 8 quando Nuno Santos marca bem um livre e leva a bola a rasar a baliza defendida por Renato.
Contudo o golo viria a acontecer à passagem do minuto doze quando Francisco aparece solto no interior da área e remata cruzado batendo o voo de Renato.
Estava aberto o marcador e os forasteiros conseguiam com um jogo sempre muito pensado e preciso conseguiam dominar a partida. Do outro lado os academistas procuravam a bola e responder em rápidos contra-ataques que foram sendo solucionados pela defensiva padroense.
Aos 31 minutos Nuno Santos marca bem um livre e Renato responde com boa defesa. Seis minutos depois seria Bruno a marcar bem o livre e leva a bola a sobrevoar a área forasteira mas sem nenhum jogador conseguir dar a direcção das redes padroenses.
Quando já se esperava pelo intervalo, novo balde de água fria viria a ser entornado nas esperanças academistas quando após defesa de Renato a responder a remate de Belinha, a bola sobra para Ivo que solto ao segundo poste empurra a bola para as redes academistas.
Chegava-se ao intervalo com uma vitória padroense fruto do melhor aproveitamento das ocasiões criadas e dos erros de marcação da equipa contrária.
Tal como na primeira parte coube aos locais a primeira ocasião de perigo quando aos 46 minutos Luis numa jogada de insistência ganhe o lance a André Ribeiro e desmarca Tiago Almeida que em boa posição sofre o desarme fulcral de Marcelo e evitar o remate do atacante academista.
A melhor troca de bola da equipa padroense ia criando um enorme desgaste aos academistas e desta forma os erros foram aparecendo e aos 55 minutos Belinha após uma boa jogada individual consegue um bom centro e Pedro Santos aparece sem marcação no interior da pequena área a fazer o terceiro golo forasteiro. Quatro minutos depois é a vez de Pedro Santos libertar bem Francisco que remata colocado e Renato responde com uma boa defesa.
A resposta academista viria a acontecer aos 66 minutos quando Tiago Almeida bem desmarcado por Eric remata para defesa atenta de José Carlos. Aos 69 minutos seria Mauro a responder a um canto de cabeça mas onde a direcção não foi a melhor.
Contudo a resposta a este lance foi fatal e numa jogada delineada por João Santos a bola chega a Ivo que de primeira bate Renato e amplia a vantagem padroense para gáudio dos adeptos forasteiros.
A equipa academista parecia descontrolada e com os seus indices anínimos e fisicos em baixo e disso resultou novo erro à passagem do minuto 73 quando João Santos é deixado com liberdade que tem um remate que é desarmado por Tiago Almeida com o braço. Chamado a marcar Vitor André carimba o resultado final.
A resposta local seria dado também através de um lance de bola parada quando Tiago Almeida remata colocado e José Carlos voa a evitar o golo.
Já nos descontos Ivo após boa jogada colectiva liberta João Santos que remata cruzado mas sem conseguir o golo.
Vitória justa forasteira, de uma equipa que mostrou um ritmo diferente dos academistas e que soube com constantes trocas de bola criar o perigo do qual resultaram os golos.
O trio de arbitragem passou complemente despercebido, o que é sempre de destacar e mostra o seu bom trabalho.

Out: ingenuidade academista. A equipa academista foi uma equipa macia e que embora lutadora se deixou levar pelo jogo contrário. Correndo atrás dos jogadores contrários a equipa desgastou-se e desta forma foram dados espaços que se revelaram fatais para as suas ambições. Foi uma equipa ingénua que teve alguns erros que a maior experiência contrária conseguiu aproveitar da melhor forma.
In: mecanismos forasteiros. Foi uma equipa que procurou jogar sempre com passes curtos e rápidos que visavam em primeiro desgastar os academistas e em seguida abrir frechas na sua defensiva de forma a criar lances de perigo que resultassem em golos. Assumiram o jogo e funcionando como um carrocel, partiam para o ataque de forma simples e desde a sua defensiva, sem lançamentos longos e assim deu gosto ver o futebol desta equipa.
Melhor em campo: Ivo. Fez parte do trio de desequilibradores da equipa forasteira. A par de Francisco e Belinha, foi o jogador por onde o jogo forasteiro tinha que passar até chegar à baliza academista. Para além de uma exibição de abertura da defesa contrária, soube estar nos locais certos para marcar dois golos e assim premiar a sua exibição.

Outros resultados:
Feirense - Repesenses 3:0
F.C. Porto - Vigor Mocidade 7:0
São Romão - Oliveirense 0:3
Académica - Beira Mar 1:0
Boavista -Leixões (adiado para 1 Setembro)
(em actualização)

Clube

J

V

E

D

GM

GS

Pontos

F.C. Porto22001006
Feirense2200516
Académica 1100103
Padroense1100503
Oliveirense2101333
Beira Mar2101213
Boavista0000000
Leixões0000000
Repesenses1001030
São Romão2002050
Académico Viseu1001050
Vigor Mocidade2002190

2 comentários:

Unknown disse...

Esta equipa tem um árduo trabalho pela frente. Mostrou pouca ambição para sair deste jogo com um resultado positivo receando o adversário desde o primeiro minuto de jogo, adversário esse, que das poucas vezes que o CAF conseguiu incomodar revelou que também tem as suas limitações. O Padroense construiu um resultado mais por demérito do CAF, que se limitou a defender e os seus atletas a passarem grande parte do jogo a correr atrás da bola e consequente a entrarem num desgaste físico e psicológico repentino. A nível ofensivo notou-se grande debilidade no que a mecanismos de jogo diz respeito procurando os atletas a jogada individual em prol do colectivo. A nível defensivo existe muita coisa a melhorar, principalmente no último terço do campo onde se colocou um avançado a fazer pressão a 4 defesas e sujeito ao desgaste inerente dessa trabalho e como é óbvio sem frutos. Resultado justo.

Anónimo disse...

Concordo com o comentário anterior. Considerando que foi o primeiro jogo e ainda há muito campeonato pela frente, desde já, e na minha opinião, um trabalho a fazer é mentalizar os atletas que o futebol é um desporto colectivo e não indívidual.Assim, o colectivo deve impor-se ao individualismo.