O Nuno é um camaleão de emoções! Se fora do campo é calmo e bastante sereno, gostando do seu cantinho e amigos, dentro das quatro linhas transfigura-se e é um duro guerreiro sempre disposto a lutar em prol da equipa e dos objectivos da mesma.
Sempre disposto a ajudar os seus amigos, ele é daqueles com quem se pode contar sempre.
Em poucas palavras, como pudemos definir o Nuno como jogador e pessoa?
Como jogador sou muito rápido, gosto sempre de disputar todos os lances até ao fim, nunca tendo medo de usar o corpo apesar de ser pequeno. Às vezes, até admito, que sou durinho de mais. Dentro de campo “fervo em pouca água”, cá fora já sou mais calmo e sereno, e gosto muito de conviver com os meus colegas e amigos!
Qual o percurso que fizeste até chegares aqui aos Juvenis do Académico?
Sempre fui jogador do Académico, comecei nos escolinhas até este grande ano em que fomos campeões de Juvenis e espero continuar para o ano.
Para conhecer os teus gostos, uma música preferida, frase ou lema de vida que te caracteriza e livro preferido se quiseres revelar?
Como música tenho “This is my life” do Edward Maya. E tenho uma frase que encontrei num mail que o mister Pipo me mandou antes do jogo contra o SVB e de que gostei imenso: “Não é importante a força com que se manda uma pancada, mas sim importante ter força para suportar uma pancada para depois levantar e bater de novo”.
Durante o tempo que já jogas futebol tiveste bons e maus momentos. Podes dizer um momento para recordar e outro para esquecer?
Um momento para recordar, sem dúvida, esta época maravilhosa em que fomos campeões, em que comprovámos que fomos a melhor equipa de Viseu, com os melhores treinadores e jogadores! Um momento mau foi quando era iniciado de segundo ano, no jogo contra o Repeses que perdi 5.0.
Que treinador te lembras melhor, por te ter marcado na tua formação?
Já tive alguns treinadores, mas dos que melhor me recordo são do mister João Gomes, do mister João Costa e o mister Tó. E os melhores treinadores, sem dúvida, o mister José Pipo, o mister Nuno Gualter e o mister Filipe Pipo, em que aprendi muito com eles porque eles têm uma relação fantástica com os jogadores e que permite adquirir muitos conhecimentos e mais experiência, acima de tudo porque têm uma relação de amizade com todos nós.
Que clube foi para ti a revelação e a desilusão do Campeonato?
Para mim não houve nenhuma surpresa. Apenas confirmámos o nosso valor e calámos aquelas críticas negativas, de que o Académico só tinha ganho a primeira fase porque era a série Norte e diziam que estávamos no campeonato das aldeias, mas depois na segunda fase mostrámos que quem disse isto estava totalmente errado. E também penso que quem diz que esta equipa só foi campeã porque nos anos anteriores já tinha sido construída por outras pessoas, digo que estão muito enganados, porque fomos campeões devido ao trabalho e ao empenho, dos jogadores e treinadores, que sempre mostraram desde o início da época.
O que achaste do campeonato feito por vocês?
Eu achei um campeonato excelente, fizemos uma primeira fase sem derrotas (só uma, mas foi na secretaria) e com mais de 100 golos marcados, o que não está à altura de todas as equipas. A segunda fase já foi mais difícil, mas mostrámos a nossa superioridade ao ganharmos o título. Depois daquela derrota contra o SVB continuámos a acreditar, ninguém deitou a toalha ao chão e foi por isso que fomos campeões.
Como foram as emoções loucas dos últimos minutos do Campeonato?
Penso que se não tivéssemos marcado aqueles dois golos não era justo, porque merecíamos ser campeões. Confesso que quando sofremos o 2.1, o título parecia quase impossível, mas acreditámos até ao fim e felizmente o Oliveira conseguiu meter a bola no fundo das redes outra vez empatando o jogo e depois fizemos a festa merecida!
Como é ser campeão?
É sempre muito bom chegar ao fim e festejar, o sorriso de quem ganha é diferente do de quem perde, e eu tive a sorte de ganhar! Já tinha sido campeão de escolinhas e de iniciados, mas sem dúvida este foi o que gostei mais de ganhar. Quero deixar aqui um abraço para os meus amigos dos outros clubes, aqueles que mesmo perdendo o campeonato para o Académico me respeitaram, ao contrário de outros colegas deles, mas isso já são rivalidades e tenho que respeitar!
Ao longo do campeonato a vossa união foi uma arma importante para o título. Quais os restantes segredos?
Sim, a união foi de facto muito importante. A maioria de nós já se conhecia há algum tempo, jogando já há algumas épocas juntos. Mas nos momentos menos bons (o caso da derrota contra o SVB), quem manteve essa união foram os treinadores. Outro factor importante foram as vitórias, porque trazem sempre mais confiança para o jogo seguinte. Também o balneário fantástico que tínhamos e claramente o nosso capitão, Zé Pedro, sendo a vós de comando do balneário, podíamos contar com ele sempre para nos apoiar e para nos levantar a cabeça quando as coisas não nos corriam de feição.
Para o ano, novo desafio o de colocar de novo os Juniores novamente nos Nacionais. Como achas que vai ser a época?
Vai ser uma época difícil, porque vão estar o Académico, o Repeses, o SVB e o Lusitano a lutar pelo título. São quatro grandes equipas e quatro grandes rivais, por isso não vai ser nada fácil mesmo! E também vai ser difícil a nível pessoal, porque como sou júnior de primeiro ano é sempre mais complicado. Mas o que importa mesmo é ajudar a subir outra vez os juniores para o campeonato nacional.
Ao ver-te a jogar sinto que tens um grande orgulho em jogar no Académico! Como é vestir a camisa academista?
Sim, é mesmo um grande orgulho vestir esta camisola, pois não são todos que a vestem, mas como tenho essa oportunidade aproveito-a ao máximo. E como o Académico é um dos símbolos de Viseu ainda mais orgulho me dá. Ter o símbolo do Académico ao peito é uma grande responsabilidade, por isso tento sempre fazer o melhor! É sem dúvida com grande satisfação e com grande prazer que jogo neste clube.
O que mais gostas de fazer nos teus tempos livres?
Gosto de estar com os meus amigos, gosto de me rir e de fazer rir os outros! Em casa gosto de ver TV e quando há jogos do Académico gosto sempre de ir apoiar.
Se te dessem o dom de mudar algo o que farias?
Mudaria as atitudes menos boas das pessoas que vão ver os nossos jogos, porque há comportamentos que não se admitem nas bancadas e que às vezes nos influenciam dentro de campo.
Tv ou cinema?
Os dois, sem dúvida.
Que sonho gostavas de concretizar?
Gosto muito de sonhar, e um dia gostava de poder vestir a camisola sénior de Académico.
O que para ti é mesmo difícil de resistir?
Ir aos treinos, porque é lá que começa o caminho para as vitórias.
Um ídolo?
Tenho dois aliás. O Bruno Alves, por ser português e ser um grande central, e o Canavarro por ter sido considerado o melhor jogador do Mundo a jogar numa posição que não é muito fácil com a altura dele, como é o meu caso.
Uma palavra para os sócios, adeptos, direcção do Académico?
Aos sócios e adeptos um grande abraço por todo o apoio que nos dão. E à direcção queria-lhes só pedir que fossem um bocadinho mais presentes durante a época.
E já agora para todos os leitores do blog e para o blog.
Um grande abraço para ti, Jorjão, porque se não fosses tu este blog não existia. Força, continua! É graças a este blog que as pessoas ficam a conhecer melhor as camadas jovens. E o meu obrigado por me teres escolhido para esta entrevista!
3 comentários:
grande nuno grande campeonato ! grande amigo
ass sobral
um abraço
parabens, é de louvar o grande campeonato que fizeste!
ass.H.Lima
És grande meu puto...
Acima de tudo, es um grande amigo e qero-te dar os parabéns pelo campeonato, acho qe não te dei os parabéns convenientemente... ;D
Ass: Miguel #80 SVB
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