O Cérebro Melo

O Melo tem já 10 anos de camisa academista, ama e respira este clube do seu coração, sendo um dos seus maiores simbolos. É um daqueles jogadores que tem uma colocação e leitura de jogo acima da média e que gosta sempre de aprender cada vez mais. Desta forma tem uma boa cultura táctica que lhe permite ler o jogo e estar onde é preciso para eliminar as investidas contrárias, bem como alimentar o seu ataque. É o cérebro que qualquer equipa gostava de ter!
Com isto consegue reduzir em grande medida o seu ponto mais fraco: o físico mas que pensamos não ser o maior entrave para o sucesso.
Como pessoa tem um espirito calmo, bastante observador e acima de tudo é daqueles amigos que pudemos contar para o resto da vida.
Obrigado por seres assim especial.

Como podemos descrever o Melo como jogador?
Gostava que a esta pergunta, fosses tu a responder, desafiando-te a fazer um breve comentário sobre o Melo como jogador. Como jogador penso que ainda tenho vários aspectos a melhorar como o aspecto físico, que no futuro me pode vir a condicionar.

Para te conhecermos um pouco melhor, qual a tua música preferida, livro e já agora a frase ou lema com que te identificas mais.
Não tenho nenhuma musica preferida. Gosto do Livro “segredos de Balneários” do qual já fiz um trabalho sobre ele com o tema da Motivação no Futebol , e tenho várias frases /lema com que me identifico, como por exemplo : Dos fracos não reza a história, só os mais fortes resistem! Académico Sempre ; Uns morrem, outros perdem, nós vencemos, Académico Sempre !!!

Qual o teu percurso até chegares aos juniores academistas?
Comecei a jogar no Dínamo Estação, e logo no primeiro ano de escolinhas vim para o Académico , no qual vou fazer 10 anos ao serviço do clube.

Ao longo deste percurso já deves ter tido momentos positivos e outros negativos. Podes contar um de cada?
O momento mais negativo foi sem duvida o fim do CAF e acontecimentos nesta ultima época, e o momento mais positivo foi a excelente época de juvenis de 2 ano que fomos campeões sem derrotas.

Qual o treinador que te marcou mais neste trajecto?
Gostei de trabalhar com todos os treinadores que apesar de tudo, me ensinaram o que sei hoje e coisas muito positivas. O Mister Pipo e o Mister João Gomes foram os treinadores com o qual eu consegui ser campeão e como certo consegui os objectivos nessas épocas.

És dos jogadores com maior número de anos de casa. Como têm sido estes anos?
Apesar de continuar 100% academista sinto-me desiludido com algumas situações que aconteceram. São 10 anos de amor á camisola e de grande orgulho por jogar no Academico, ainda não sei se continuarei, mas se sair, terei uma grande saudade de envergar a camisola Preta.

Como é vestir a camisa academista?
Muito gratificante sem dúvida, jogar no Academico Viseu, ver todas as invejas de jogadores e pessoas que gostariam de trabalhar neste clube. Apesar de já ter tido no passado vários convites de outros clubes a minha preferência sempre foi o Academico, clube para mim único e para sempre especial em toda a minha Vida.

Foi uma equipa cheia de altos e baixos que limitaram os objectivos da equipa. Porque achas que aconteceu isso?
Ao inicio, na pré época o Académico estava a criar um bom grupo de trabalho, apesar de este ser pequeno tinha bons jogadores. Mas logo nos primeiros jogos, os jogadores começaram a abandonar a equipa, saíram cerca de 7 jogadores importantes, a equipa não se reforçou do qual teve de ser forçada a ir buscar alguns jogadores aos Juvenis, dentro dos possíveis, em que depois não reuniu condições de trabalho para conseguir os objectivos.

Sentiu-se por vezes a falta de união na equipa. Foi algo que influenciou bastante no rendimento da equipa?
Penso que não foi esse o principal erro, porque quando uma equipa júnior tem 6 ou 7 jogadores na maioria dos treinos, penso que não estão reunidas condições de trabalho. Com a ajuda de todos os Juvenis, mais tarde, criou novo alento mas em que este veio tarde de mais, devido à classificação em que estávamos.

Qual achas que foi o jogo mais marcante para não se conseguir obter a subida?
Quando pudemos contar com o contributo de todos os Juvenis, em que já tínhamos um grupo de trabalho e mais opções para o treinador, penso que ainda houve uma esperança pela subida, mas para mim o jogo em Resende acabou com todos os nossos interesses.

Para o ano, continua o mesmo desafio: a luta por subir os Juniores academistas aos Nacionais. Como achas que vai ser esse desafio?
Penso que se o Academico mantiver os jogadores que o ano passado acabaram a época, terá um bom grupo para lutar pela Nacional, e caso haja saídas, desde logo deverá ir á procura de jogadores para conseguir os seus objectivos, porque como é obvio o Academico tem de ser o principal candidato á subida.

Qual o teu ídolo?
Pai

Uma palavra final para os adeptos, pessoas ligadas ao clube e leitores deste blog?
Um obrigado a todas as pessoas da família Academista, a todos aqueles que continuam a ajudar o Academico. Espero um dia mais tarde contribuir para que o Academico volte a jogar na melhor Divisão com os maiores clubes Portugueses.